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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Funcionamento Conjugal e Familiar de Adultos Portadores de TDAH e Seus Cônjuges

Diversos estudos têm abordado o impacto que uma criança com TDAH provoca na sua família e na relação com seus colegas. Todavia, poucos trabalhos têm focalizado de maneira especial o impacto produzido pelo adulto portador de TDAH no seu funcionamento conjugal e familiar.
Alguns autores já haviam observado que a sintomatologia do TDAH atua negativamente sobre os outros membros da família em virtude das dificuldades de organização, das dificuldades de modulação das emoções, da baixa tolerância às frustrações e das falhas de comunicação (“parece não ouvir”, “diz coisas sem pensar”).
Outros trabalhos evidenciaram que os adultos portadores de TDAH padecem de um maior risco de sofrerem problemas conjugais, apresentam um maior índice de divórcio, casam-se mais vezes que os não-portadores, e referem menor satisfação na vida matrimonial.
Um importante fator modulador é o nível de funcionamento do cônjuge do portador, uma vez que o funcionamento familiar freqüentemente fica na dependência dessa pessoa. Esse cônjuge com bastante freqüência torna-se responsável pelo movimento da casa, pela educação dos filhos e pelo controle financeiro do casal. Conseqüentemente os cônjuges dos portadores sofrem de uma sensação de ressentimento ou de sobrecarga motivada pela distribuição desigual das tarefas e das responsabilidades, além da sensação de falta de apoio emocional disponível para eles.
É possível que pessoas que decidem permanecer casadas com um adulto portador sejam pessoas especialmente dedicadas à família e que encontraram maneiras de lidar com os problemas do parceiro.
Não é raro encontrar cônjuges de portadores que passaram a participar da organização do trabalho do portador, da redação de relatórios, e até mesmo da administração financeira dos seus negócios.

L Eakin et al., Journal of Attention Disorders – vol 8 – n. 1 – August 2004 – pp. 1 a 10
Texto sumarizado pelo Dr. Sérgio Bourbon Cabral

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