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quinta-feira, 2 de junho de 2011

GERAÇÕES ANTERIORES A GERAÇÃO Y - GERAÇÃO X

Havia chegado o tempo das revoluções. Entre os anos 1960 e 1980, a geração baby boomers assumia de vez a vida adulta, rebelando-se contra praticamente tudo o que estava estabelecido até aquele momento.
Os assassinatos de diversos líderes políticos importantes, como os irmãos John e Bob Kennedy, Martin Luther King e Malcom X - cujo nome foi usado para batizar essa geração -, associados à controvertida Guerra do Vietnã e aos escândalos políticos como o Watergate (que resultou na renúncia do presidente americano Richard Nixon), ajudaram a sedimentar o sentiment de ceticismo e vulnerabilidade das autoridades.

Muitos países, inclusive o Brasil, tiveram revoluções políticas extremamente agressivas, com perseguições à líderes políticos, jornalistas, professores, religiosos e qualquer pessoa que decidisse criticar as decisões impostas pelos governos. Movimentos hippies e rebeliões de estudantes passaram a fazer parte do cenário em quase todo o mundo. A música ficou mais barulhenta, as roupas mais coloridas, os cabelos mais longos, as experiências mais intensas. Tudo acontecia em excesso. A nova ordem era reberlar-se contra qualquer coisa que tivesse o caráter de convencional ou padronizado, inclusive a estrutura familiar.

O surgimento da TV afetou de forma significativa, mesmo que involuntariamente, os relacionamentos familiares, pois o aparelho se tornou um "auxiliar" na educação dos filhos. Foi na Geração X que as crianças identificaram um centro de interesse diferente de brinquedos e passatempos usados e oferecidos pelos pais.

Assistir à TV tornou-se um evento familiar, moldando rotinas e comportamentos. Os horários das refeições, as conversas entre pais e filhos, os deveres escolares e até o horário de ir para cama passaram a ser determinados pela programação da TV.

O conforto e a comodidade que a estruturada grade de programas oferecia foram rapidamente aceitos pelos agora jovens pais da geração baby boomers, pois conferiam estabilidade familiar e representavam um importante "moeda de troca" na educação dos filhos da Geração X. Em muitas ocasiões, por exemplo, o acesso ao aparelho de TV poderia ser um prêmio por notas altas na escola ou bom comportamento em casa. Contudo, era na restrição que estava a prova de que a TV se transformava em uma instrumento de educação e também de punição... Deixar de assistir ao desenho favorido era o castigo...
essa geração desenvolveu por progreamas superficiais e de baixa relevância crítica.

No Brasil, a GERAÇÃO X assistiu a desenhos animados como "Os Flinstones' e "Speed Racer", séries de super-heróis como "National Kid" e "Ultraman", e comédias ing^^enuas como "A Feiticeira" e "Jeanne é um GÊnio", entre outras atrações....

...Diversos jovens dessa geração não se identificavam com a agressividade proposta pelos movimentos políticos revolucionários e adotavam uma postura mais omissa, evitando se envolver diretamente em qualquer tipo de manifestação social, mesmo as que propunham liberdade sexual e a igualdade de direitos...

...Muitos pais tiveram êxito em transferir a seus filhos todos os valores e conceitos que aprenderam na juventude. Isso permitiu o desenvolvimento de jovens que buscaram a estabilidade financeira, alcançando maturidade e independência rapidamente e, assim, constituindo uma família exemplar, como a de seus pais.

O jovem da Geração X sempre foi mais cuidadoso em suas escolhas, preferindo não expor suas opiniões se isso representasse algum tipo de risco para sua estabilidade familiar. Mesmo sem ter um compromisso rígido com as autoridades, submetia-se de forma passiva às regras estabelecidas.

...Com seus pais agindo como ceticismo em relação às autoridades e aos governos, foi simples para os jovens dessa geração considerar vulnerável todo tipo de liderança, inclusive a dos próprios pais.

Assistir, também, a insatisfação conjugal protagonizada em casa alterou completamente as expectativas de relacionamento futuro. Muitas crianças dessa geração acabaram sofrendo com os conflitos de seus pais, às vezes até fisicamente.

...Para esses jovens, o casamento já não significava uma relação perpétua. A separação tornou-se também um importante instrumento de liberdade de escolha e de busca da felicidade.

Como consequência de todos esses aspectos, o jovem da Geração X desenvolveu uma atitude mais egocêntrica e cética, buscando no universo de fantasia apresentado pela TV, em seriados, desenhos e novelas, as famílias com problemas semelhantes, mas com "final feliz".

Ser autossuficiente levou esses jovens a priorizar mais o trabalho, usando a relação familiar apenas como pretexto para justificar seu forte desejo de autorrealização.

Foi uma geração marcada pelo pragmatismo e pela autoconfiança em suas escolhas, que buscou promover a igualdade de direitos e de justiça em suas decisões.

Do Livro Geração Y - Sidnei Oliveira

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